Artistas e amigos prestam homenagem à Gibran Santana que morreu vítima de infarto
Nesta quarta-feira (11), No Bioparque da Amazônia, artistas, amigos e amantes da arte se reuniram para prestar homenagem ao artista plástico amapaense Gibran Santana. Um momento de oração e de emoção, cercado de obras e muito carinho, como o artista gostava. Gibran morreu no sábado (7), vítima de infarto fulminante. Um talento das artes plásticas do Amapá e da Amazônia, que fez história e deixa um grande legado. O artista também fazia parte do carnaval amapaense.
“Ele estava expondo com a gente no Bioparque. Ele queria inclusive, participar no domingo. Nós ficamos expondo do dia 4 ao dia 8, que era o Dia do Artista Plástico. Iríamos até fazer uma comemoração lá nesse dia, mas ele morreu na véspera. Resolvemos prorrogar a exposição até o outro domingo e nesta quarta, fizemos uma homenagem pra ele. Dois missionários que estavam há 2 anos na África , que são amigos dos artistas amapaenses, também estavam lá. Foi muito emocionante”, destacou o artista Wagner Ribeiro.
Para o escritor Paulo Tarso Barros, a partida de Gibran Santana deixou um imenso vazio em todos nós, mas que seu nome ficará marcado na história das Artes Visuais da Amazônia.
Veja o texto que ele escreveu em homenagem ao artista.
“ Deixa em todos nós um imenso vazio. Artista que desde a juventude vem aprimorando sua arte, teve participação marcante nos movimentos culturais do Amapá e expôs suas obras até mesmo na Guiana Francesa, onde residiu por algum tempo. Além de Artes, era formado em Pedagogia, cursou francês na Escola Danielle Miterrand.
Estudioso, por sua conta se preparou para estudar Direito, nas horas de folga, nas dependências da Biblioteca Pública Elcy Lacerda, onde trabalhou por vários anos em projetos artísticos e culturais e também na apresentação do programa radiofônico Biblioteca no Ar, na Rádio Difusora AM 630Mhz, do qual foi o pioneiro apresentador ao lado do veterano George Guimarães.
Era pós-graduado em Direito Educacional e nos últimos anos alternava suas atividades artísticas com as lides da advocacia ao lado de seus colegas operadores do Direito. Exerceu o cargo de diretor da Escola de Arte Cândido Portinari e foi uma liderança no segmento. Seu nome fica marcado na História das Artes Visuais da Amazônia com inúmeros trabalhos expostos, restaurações de obras de artes, alegorias carnavalescas, locução, capas e ilustrações de livros e a participação em editais da Lei Aldir Blanc da Secult e Fumcult etc. O artista deixa mulher e filhos e em todos nós muita saudade!
Texto: Paulo Tarso Barros”
Foto: Ascom Bioaparque